quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Qualidade de vida na maturidade

       


         Há tempos atrás a área de saúde restringia-se à cuidar de pessoas doentes. Com o passar dos anos, pouco se evoluiu em relação a essa visão, porém, alguns profissionais da área, sejam eles, médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas dentre outros já começaram um movimento contrário, defendendo a promoção da saúde, atingindo dessa forma tanto os profissionais quanto a sociedade em geral.
       Ao se falar em promoção da saúde, não podemos deixar de citar o público idoso. Erroneamente, muitas vezes são vistos como despesas aos cofres da saúde pública. Porém, como desconsiderar uma parcela grande da população que tanto já contribuiu e contribui para nossa sociedade? Será que eles não têm mais nada a oferecer? Mais nada a aprender? O que vale como mudança nesse cenário? Essas são perguntas que cada um de nós devemos responder ao trabalharmos com a terceira idade, para não herdarmos conceitos ultrapassados e equivocados em relação às possibilidades desse público.
      Os profissionais da saúde podem e devem contribuir para tais mudanças na concepção dessa população. A doença não é fator obrigatório na terceira idade e quando existe alguma, pode também não ser fator incapacitante para o aprimoramento de habilidades nem tampouco para o desenvolvimento de novas potencialidades.  O primeiro passo é desmistificar a falsa crença de que o idoso tem que ficar em casa tomando remédios. Há a necessidade de mostrar à eles do que ainda são capazes. Limitações, sejam elas motoras, cognitivas ou emocionais poderão ocorrer, em maior ou menor grau, variando de um indivíduo para o outro, porém, se houver orientações por parte de profissionais qualificados, as adaptações necessárias ocorrerão naturalmente diminuindo as dificuldades e ampliando a força de vontade de estarem inseridos novamente no contexto social.

       O aporte que a área de saúde pode oferecer é amplo. Podem estar na função de responsáveis diretos pelo trabalho ou mediadores, oportunizando à profissionais de outras áreas um contato maior com essa parcela da sociedade. Os trabalhos podem ocorrer em forma de oficinas e grupos com temas variados, abordando desde temas de saúde, como doenças específicas por exemplo, que acometem esse público até mesmo qualidade de vida (pilates, memória, yoga dentre outros). Em outro momento, poderão ser mediadores de oficinas com temas mais amplos como dança, informática, trabalhos manuais. Sempre priorizando a troca de experiências. A validade de um trabalho como esse é comprovada quando vemos mais idosos independentes com uma qualidade de vida excelente. Idosos que viajam o mundo inteiro ou até mesmo, contribuem ainda, com seus trabalhos para aumentar a renda doméstica.  Válido ressaltar que isso não é regra. Infelizmente, existem sim, idosos com comprometimentos incapacitantes, porém transformar essa fatia em verdade absoluta é reduzir a possibilidade de uma sociedade mais respeitosa e consequentemente jogar nossa história no lixo.   

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