quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Disfonia infantil ou Rouquidão... Sinal de alerta!

Começando o ano letivo é bom prestarmos mais atenção à saúde vocal de nossas crianças... Então, fiquem atentos! Rouquidão não é normal!

Disfonia infantil: O que é isso?


A disfonia é conhecido popularmente como rouquidão, que é uma alteração vocal que pode acometer crianças e adultos por diversos motivos. São lesões de massa (nódulos), podendo variar de tamanho, situadas nas pregas vocais (também conhecido como "cordas vocais"). Ocorre independentemente do sexo, com prevalência um pouco maior em meninos, na faixa etária de 7 a 9 anos. Nessa faixa etária, as crianças estão mais envolvidas em atividades em grupo. Podemos associar essa alteração vocal a comportamentos vocais abusivos como falar ou gritar demais, imitar sons de animais, monstros, veículos ou ruídos em geral, porém não é o único fator causal. Crianças alérgicas também tem maior predisposição aos nódulos. As características vocais são esforço ao falar, rouquidão com possível piora ao final do dia, podendo até chegar a afonia (perda da voz). A sonorização de alguns sons, principalmente os mais fracos, podem ser prejudicados, o que não acontece necessariamente com sons fortes. Nesse caso, a extensão fonatória apresenta-se reduzida.
A conduta de eleição nesses casos, inicialmente, é o diagnóstico médico, realizado através de exames específicos. Próximo passo é a intervenção realizada por um fonoaudiólogo, por meio de orientações sobre saúde vocal e exercícios específicos de suavização vocal, proporcionando a possível reabsorção dos nódulos. Indicação cirúrgica é rara e só é eleita em casos específicos de maior severidade. A cirurgia não dispensa reabilitação fonoaudiológica.
Os resultados variam de um paciente para outro, visto que necessitamos de uma parceria com a família para mudança de hábitos, muitas vezes, nocivos à voz. É essencial que a família compreenda que a criança necessita de um bom modelo de falante, para poder se espelhar. A adesão da criança à terapia também exerce papel fundamental, pois sem isso, ela não mudará seu comportamento vocal. Para isso, o profissional terá que entrar no "mundo infantil" tornando a terapia interessante e divertida. Com a aliança positiva de criança, família e terapeuta, os resultados serão satisfatórios e os bons hábitos vocais perpetuados.
Referência bibliográfica: BEHLAU, Mara (Org.). Voz: O livro do especialista - Volume 1. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.

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